Pensar em uma profissão/carreira, para a maioria dos adolescentes que estão finalizando o ensino médio, é uma tarefa conflitante. Muitas vezes, a própria escola, por meio de um ensino preparatório para o vestibular, já sinaliza ao adolescente que está chegando a hora de tomar uma decisão. Da mesma forma, o assunto “profissão” vira pauta principal no ambiente familiar e entre os amigos, que estão vivenciando a mesma realidade.
Em consequência disso, o que acontece muitas vezes, é que o adolescente se sente pressionado e acaba fazendo uma escolha apenas para se livrar da pressão. Assim, além de correr o risco de mudar a escolha após algum tempo, o adolescente deixa de aprender algo muito importante e essencial para uma vida toda: TOMAR DECISÕES e FAZER ESCOLHAS!!
Para começar, o ponto principal que os pais/responsáveis precisam entender é que, pela primeira vez na vida seu filho(a) encontra-se em uma situação em que precisa fazer uma escolha séria. Até então, eram os pais que assumiam esse papel. Como fazer algo que até então nunca precisou ser feito? Fica claro assim, que os PAIS PRECISAM ENSINAR SEUS FILHOS A TOMAREM DECISÕES. Assim como ensinam o filho a andar de bicicleta e amarrar os tênis, fazer escolhas é um comportamento que também pode ser ensinado!
Seguem algumas dicas de como auxiliar seu filho na tomada de decisões profissionais:
- Não pressione: Antes de mais nada, saiba que pressionar seu filho a fazer uma escolha profissional, só o deixará mais bloqueado para fazê-lo e ele corre o risco de optar por algo que não o agrada. Se você quer que ele saiba optar pelo melhor caminho profissional, ensine-o a fazê-lo.
- Faça um levantamento de interesses e habilidades: Para fazer uma boa escolha profissional, precisamos ter autoconhecimento sobre nossos gostos e qualidades. Dificilmente mudamos as coisas das quais gostamos, mas podemos mudar nossas habilidades, ou seja, aprender a fazer certas coisas que ainda não fazemos. Assim, você pode fazer uma lista de interesses com seu filho (coloque absolutamente tudo o que ele gosta de fazer) e outra de habilidades (os potenciais que ambos enxergam nele). As pessoas mais bem sucedidas profissionalmente são aquelas que gostam do que fazem e, ao mesmo tempo, possuem as ferramentas intelectuais, comportamentais e psicológicas necessárias para fazer o que fazem. Esse levantamento pode fornecer algumas dicas sobre algumas potenciais áreas a seguir.
- Incentive a pesquisa: É comum que essa seja uma fase na qual seu filho se interessará por diversas profissões, “um dia uma coisa e no outro, outra coisa”. Faça-o pesquisar sobre todos os interesses dele. Investigue junto com ele, por exemplo, a grade curricular do curso de interesse, áreas de atuação, remuneração, leiam depoimentos sobre pessoas que atuam na área, conversem com pessoas que trabalham na área e avaliem se aquela profissão vai de encontro com o levantamento de interesses e habilidades que vocês fizeram.
- Proporcione experiências: Essa é uma parte essencial e que, a maioria dos pais costuma negligenciar. É muito importante que o adolescente tenha experiências e responsabilidades diversas, que podem ir desde auxiliar no negócio da família, de algum parente ou amigo (independente do que for), até realizar algum trabalho voluntário ou até mesmo assumir alguma responsabilidade em casa. Assim, seu filho aprende a ser consistente e persistente, habilidades essenciais em qualquer profissão. Além disso, nada melhor que a própria experiência para identificarmos nossos gostos e habilidades.
- Cuide com suas próprias expectativas: A maioria dos pais possui a expectativa de que o filho irá cursar uma universidade e, além disso, de que ele irá fazê-lo logo após a conclusão do ensino médio. Primeiramente, tenha em mente de que cursar uma universidade, atualmente, não é a única maneira de ser feliz profissionalmente. Além disso, nem todo mundo gosta de estudar tanto e, muitas vezes, seu filho pode não ter o perfil para cursar um ensino superior de 4 ou 5 ou mais anos. Isso não é o fim do mundo! Se esse for o caso, identifique junto com ele outras possibilidades e incentive-o a experimentar aquilo que deseja. Pode também ser, que seu filho não se sinta pronto para fazer uma escolha profissional ou optar por um curso universitário após o ensino médio, e está tudo bem com isso. Se esse for o caso, incentive-o a ter outros tipos de experiências, como, ter uma experiência no exterior, fazer um curso técnico ou até mesmo aprender línguas.
Mais importante do que atender as suas expectativas e seguir o método tradicional e convencional, é que seu filho aprenda a fazer as escolhas que irão levá-lo para um futuro profissional satisfatório!
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