Muito se fala em Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional, como uma condição decorrente do contexto profissional, porém, é possível que qualquer indivíduo entre em esgotamento profundo, mesmo que a principal causa não seja o stress proveniente do trabalho. É comum, por exemplo, que mulheres com acúmulo de funções (conciliar os papéis familiares, profissionais e sociais) sofram de exaustão intensa em algum momento da vida.
A Síndrome de Burnout é caracterizada por uma série de sintomas, físicos e emocionais, como, dores de cabeça e musculares, problemas gastrointestinais, alterações no sono e apetite, fadiga, sensação de fracasso, desânimo e desesperança, dificuldades na concentração e atenção, alterações de humor e negatividade. É comum que pessoas com quadro de esgotamento apresentem sintomas depressivos intensos e quadros de ansiedade agudos, como síndrome do pânico. É importante mencionar que esses sintomas normalmente são cumulativos, ou seja, quanto mais tempo se passa, mais se intensificam.
Independente dos contextos e situações de vida que podem levar o indivíduo ao esgotamento, existem fatores que podem contribuir, tanto para a manutenção quanto para a causa dele. Em outras palavras, as perguntas são: Com quais dificuldades a pessoa não está conseguindo lidar? Quais ferramentas estão faltando para ela lidar com essas dificuldades? Seguem algumas possibilidades:
– Dificuldade para estabelecer limites: É muito comum as pessoas relatarem que estão sobrecarregadas e, quando ouvimos seus discursos, percebemos que, na verdade, elas aceitam tudo ou grande parte das coisas que os outros pedem ou exigem delas. Isso é especialmente verdadeiro em contextos de trabalho nos quais existe grande competitividade. Assim a ideia “se eu não fizer, o colega fará e terá melhores oportunidades por causa disso” toma conta, e a pessoa passa a se comportar em prol de agradar e satisfazer as demandas dos outros. Isso, sem sombra de dúvidas, sobrecarrega qualquer um. Quando um padrão assim se forma, até os pedidos mais absurdos, como por exemplo, trabalhar durante as férias, de madrugada e aos finais de semana, são atendidos. Dizer NÃO, nada tem a ver com ser agressivo, mas tem a ver com saber comunicar ao outro, seus limites, o que você consegue/quer/aceita ou não fazer. Tem a ver também com priorizar o seu bem estar e não o do outro.
– Autocobrança exacerbada: A ideia de ter que dar conta de todas as demandas, de não poder errar e de sempre ter que dar o melhor de si, pode levar um indivíduo a exaustão e mantê-la por muito tempo. Esse tópico tem a ver com a forma como nós costumamos nos tratar. É normal que, desde pequenos, aprendemos a tratar bem o próximo, a acolher, ser simpáticos e, aprendemos também que é “bonito” tolerar e perdoar os erros dos outros. Porém, muitas vezes, não aprendemos a fazer esses movimentos com a gente mesmo. Muitas vezes, nos punimos quando cometemos falhas e estabelecemos tarefas para nós mesmos que são extremamente árduas, como se, dentro de nós, existisse um chefe cruel, que dita regras tiranas. Dessa forma, a falta de autocompaixão, tolerância e amor próprio, pode levar o indivíduo a se sobrecarregar nos mais diversos contextos da vida.
– Dificuldade para pedir ajuda: Esse item, na verdade, está ligado ao anterior, de certa forma. Normalmente, as pessoas que possuem alto nível de autocobrança, normalmente apresentam bastante dificuldade para solicitar ajuda, pois acreditam que podem/devem lidar com tudo sozinhas. Podemos aplicar isso aos mais diversos contextos, que vão, desde o colaborador que deixa de dividir tarefas com os colegas por acreditar que será mal visto por isso, até a mãe que se nega em pedir qualquer tipo de ajuda para o parceiro, amigos ou família, por acreditar que, pelo fato de ter decidido ter filhos, precisa arcar sozinha com as consequências disso. Por mais independentes que sejamos, é impossível levar uma vida sem ajuda/suporte
Se você se encontra em situação de extremo cansaço, não espere a situação “passar”. Dê o primeiro passo e solicite a ajuda de um profissional habilitado 😉
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