A Terapia Comportamental Dialética (DBT), criada pela psicóloga americana Marsha Linehan, inicialmente foi proposta para lidar com pacientes que apresentavam ideação e tentativas de suicídio. Diante da sua eficácia em atender tal demanda, a DBT passou a ser utilizada também para atender pacientes com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), uma vez que comportamentos de risco e de suicídio possuem maior prevalência nesse público.
Desde então, inúmeras pesquisas científicas têm sido desenvolvidas, buscando compreender quais os componentes e estratégias de sua eficácia e quem é o público que pode ser mais beneficiado com suas intervenções. O objetivo desse texto é trazer alguns dados mais recentes que respondem à essas duas questões.
Para quem é a Terapia Comportamental Dialética (DBT) ?
No que diz respeito ao público beneficiado pelas suas intervenções, os estudos abrangentes em DBT apontam que ela é eficaz para:
– Crianças (7 – 12 anos) com distúrbios comportamentais e emocionais graves e com desregulação do humor;
– Adolescentes (12 – 18 anos) com traços de TPB, comportamento suicida recente e transtorno bipolar;
– Estudantes universitários (18 – 25 anos) com com traços de TPB e histórico de tentativa de suicídio;
– Adultos (18 – 65 anos) com Transtorno de Personalidade Borderline – TPB, tentativa de suicídio recente, comportamentos de risco, transtorno por uso de substâncias, transtorno alimentar e transtorno de estresse pós-traumático;
– Adultos (acima de 55 anos) com transtornos da personalidade e transtorno depressivo.
Para quais problemas a a Terapia Comportamental Dialética (DBT) funciona?
Quanto ao tipo de problema e sintoma para o qual ela se mostra eficaz, os dados indicam que a DBT está associada às seguintes melhorias:
– Tentativas de suicídio e autolesões;
– Depressão, desesperança e raiva;
– Dependência de substâncias e impulsividade;
– Desregulação emocional e compulsão alimentar;
– TDAH;
– Sensibilidade e agressão interpessoal;
– Uso de serviços de crise e duração da hospitalização;
– Transtorno bipolar em adolescentes;
– Ajuste geral e social e introjeção.
Em suma, a DBT possui forte base em evidências para o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB).
Por que a DBT funciona?
– Em relação aos mecanismos dessa terapia que demonstram resultados significativos, podemos afirmar que os protocolos especializados que focam diretamente no comportamento suicida são componentes de eficácia importantes;
– A DBT é capaz de alterar regiões do cérebro relacionadas á desregulação emocional (mais especificamente a amígdala, diminuindo sua hiperatividade) e ao controle de impulsos e autolesões (mais especificamente o córtex pré-frontal dorsolateral, aumentando sua atividade).
– A DBT reduz os custos do tratamento, uma vez que suas intervenções são capazes de diminuir e até mesmo evitar internamentos hospitalares.
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