“Eu pergunto as coisas para ele e ele me responde com “sim”, “não” e “normal”. Às vezes descubro algumas coisas através da escola ou das mães dos amigos. Outras vezes fico sem saber o que acontece com meu filho”.
Com frequência recebo em minha clínica pais, tanto de crianças como de adolescentes, ansiosos e preocupados com o fato do(a) filho(a) não conversar sobre as coisas que acontecem na escola, no grupo de amigos e no dia-a-dia em geral.
A importância de se comunicar está no fato de as pessoas terem a necessidade de esclarecer os seus desejos, partilhar sentimentos e expressar emoções. Todas as pessoas em algum momento de suas vidas já tiveram problemas derivados de comunicação. Porém, quanto mais cedo a criança é estimulada a se expressar de maneira adequada, menor é a probabilidade dela ter que lidar com problemas nos relacionamentos interpessoais depois de adulta.
Isso significa que, em primeiro lugar o “conversar” precisa ser ensinado, da mesma forma como você ensina seu filho pequeno a escovar os dentes, lavar as mãos ou fazer a tarefa de casa. Se o seu filho já é um adolescente, ele pode aprender também!!
O ensino da comunicação saudável não se limita ao simples compartilhar de situações que aconteceram no dia-a-dia. Esse processo também inclui ensinar seu filho a nomear os próprios sentimentos, o que irá ajuda-lo a compreender e controlar as próprias emoções. Existem algumas dicas preciosas que podem auxiliar os pais a terem uma comunicação melhor com esses filhos mais “quietinhos”.
Acima de tudo, a boa comunicação inclui ouvir. E para aprender a ouvir alguém, devemos passar algum tempo junto com ele. Dessa forma, o primeiro passo é planejar um ambiente que seja favorável para a conversa. Você pode, por exemplo, reservar uma hora do dia para brincar com o seu filho, ler uma história ou realizar qualquer outra tarefa da qual ele goste. Assim, além de passar momentos agradáveis com seu filho, você estará demonstrando interesse por ele e pelas coisas que ele gosta!
É importante lembrar que, cada família é única e, por isso, o que funciona com uma pode não dar certo em outra. Por isso, se você e/ou seu filho possuem dificuldades de comunicação, procure a ajuda de um psicólogo!