O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) é uma condição psiquiátrica, nas quais os indivíduos que por ela são acometidos sofrem de instabilidade emocional, variando entre episódios de humor elevado e depressão. Para conseguir identificar a “normalidade” das variações, é preciso ficar atento a alguns sinais, principalmente no que diz respeito à intensidade e manifestação (ao longo da vida) dos sintomas:
Períodos com humores eufóricos MUITO intensos (Bipolar Tipo I):
Aqui ocorre um período de extrema excitabilidade emocional, no qual o indivíduo sente-se cheio de energia, com pensamentos acelerados, dorme pouco, apresenta comportamentos impulsivos, demonstra excesso de confiança, euforia e agitação – episódio maníaco. Pode também ocorrer um período depressivo, caracterizado por profunda tristeza e falta de energia, desesperança, culpa e falta de concentração, mas esse não necessariamente ocorre de forma tão intensa.
Períodos com humores eufóricos MENOS intensos (Bipolar Tipo II):
Aqui a intensidade dos sintomas de euforia é menor e pode não trazer prejuízos marcantes à vida da pessoa. É comum que ocorram períodos de maior energia, produtividade e disposição – hipomania. Porém, os episódios depressivos graves acabam sendo mais marcantes e, muitas vezes, mais comuns e constantes do que períodos de humor elevado.
Períodos com humores indefinidos (Transtorno Ciclotímico):
Aqui existe uma alternância entre episódios leves e mais curtos. O indivíduo pode apresentar, ao longo da vida, períodos de hipomania, assim como de depressão, mas que não são intensos o bastante para um diagnóstico Bipolar Tipo I ou II. Muitas vezes são pessoas conhecidas por terem um humor “difícil”, por exemplo, às vezes quem convive com eles os descrevem como sendo “não confiáveis”, pois quando passam por um período de maior disposição e energia, fazem planos e se mostram animados, mas quando aparece o desânimo, desistem dos projetos.
É perfeitamente normal e esperado que, ao longo do dia nosso humor varie, mas normalmente conseguimos identificar as causas dessa variação, assim como, formas de modifica-lo e controlá-lo. Porém, no TAB essas variações ocorrem sem causas aparentes. O tratamento do TAB é feito por via medicamentosa – pois trata-se de uma condição que envolve fatores biológicos em sua causa – e psicoterápica – para tratar as causas de fundo comportamental e ambiental.
Gabriele Lederer – Psicóloga
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