Modifique sua visão
Pessoas com instabilidade emocional costumam ser julgadas como “manipuladoras” e “loucas”. Ou seja, elas acabam perdendo a credibilidade perante os outros e isso faz com que, muitas vezes, a família de fato as trate como tal, mas isso deixa a pessoa ainda mais instável. Tenha em mente que a instabilidade emocional é uma dificuldade, assim como qualquer outra. Atualmente sabemos que algumas pessoas nascem mais pré-dispostas a desenvolverem uma sensibilidade emocional do que outras. Isso quer dizer que, mesmo tendo explosões emocionais, o indivíduo é perfeitamente capaz de pensar e agir e merece ser ouvido e valorizado. Instabilidade emocional não é sinônimo de incapacidade!Cuide com as interpretações
Se o outro está apresentando uma explosão de raiva na sua frente, mesmo que essa seja em decorrência de algum conflito que vocês tiveram, isso não significa que ele te odeia, que não valoriza o que você faz, que está tentando te manipular, que não se importa com você, etc. Isso significa apenas que ele não sabe como e o que fazer para que a emoção seja menos intensa, Ou seja, não leve ao pé da letra as palavras que são ditas e procure não se envolver e/ou remoer as ofensas. É uma tarefa difícil sim, mas certamente pode ajudar muito a não piorar a situação e a deixar o outro ainda mais instável.Ajude a pessoa a se reestabelecer
Nossa tendência, quando vemos alguém “explodindo” na nossa frente, é argumentar, pedir para a pessoa se acalmar (ou seja, dar a entender que não é necessária tanta intensidade) ou até mesmo “explodir junto”. Isso acontece basicamente porque somos contagiados, inclusive fisicamente, pela emoção da pessoa. Parece que “algo vai crescendo dentro da gente” e, em poucos segundos estamos atacando também. Ou seja, nosso sistema de alerta é acionado, da mesma forma como aconteceu no outro. Porém, essas atitudes, só pioram a situação e deixam a pessoa ainda mais raivosa e explosiva. Então, em primeiro lugar, procure encontrar maneiras para se autorregular (tentado controlar a respiração, por exemplo) e não “entrar na onda”. Em segundo lugar, demonstre de alguma forma, que você entende e percebe que a pessoa está com bastante raiva (valide o sentimento dela) e então, demonstre abertura para entender e conversar sobre isso, sem julgamentos. Cuide com o “MAS”, do tipo, “entendo que você está com raiva, MAS, você também errou”. Procure conversar sobre atitudes e ações não válidas apenas quando a pessoa já tiver se reestabelecido completamente. Ajudar alguém com desregulação emocional certamente é uma tarefa difícil, e você pode procurar ajuda profissional para conseguir dar o seu melhor ao familiar que sofre intensamente!Gabriele Lederer – Psicóloga CRP-PR 08/19451 Atendimento em Curitiba – Batel Disponibilidade para atendimento online Agendamentos e informações: (41) 9 9208-8808 contato@psicologiacuritibapr.com.br