A maioria das pessoas que atendo, me procura principalmente com um objetivo central, que é, mudar! Provocar mudanças nos sentimentos, comportamentos-seus próprios ou dos outros-e até mesmo em seus contextos de vida, são fatores que motivam a maioria das pessoas a procurarem um tratamento psicológico. Certamente, ter controle sobre padrões que nos prejudicam e conseguir mudá-los é extremamente importante.
E quando preciso lidar com situações que fogem do meu controle? E quando exigir mudanças dos outros não funciona mais? E quando tudo isso começa a me trazer angústias insuportáveis? Essa é a hora de pensar em mudar de estratégia! Normalmente a palavra “aceitação” causa um espanto. A pergunta sempre é “então tenho que ficar de mãos atadas, sofrendo para o resto da vida, sem fazer nada. É isso?”. Não!
Segue uma breve explicação sobre do que de fato se trata a aceitação:
- Não se trata de conformismo. Aceitar significa olhar para o problema de perto, sem fantasias e idealizações. Significa estar aberto para ver a realidade do jeito que ela é.
- Trata-se de abrir mão de negar e lutar contra aquilo que de fato está acontecendo e começar a lidar com os sentimentos que isso provoca.
- Trata-se de entender que sentimentos negativos e imperfeições fazem parte da vida.
- Trata-se de achar um espaço dentro de você que perceba, acolha e guarde o sofrimento inerente a vida.
- Trata-se de viver a vida do jeito que ela é, e não de jeito que você gostaria que fosse.
Por que é tão importante conseguir praticar a aceitação?
Gostaria de iniciar a explicação com um exemplo. Imagine um casal feliz e satisfeito com o relacionamento, mas que frequentemente lida com o mesmo conflito: Bruno, toda vez que passa por problemas ou estresse no trabalho, fecha-se. No primeiro momento, não consegue conversar com Laura a respeito, pois precisa de tempo para processar as coisas. Por outro lado, Laura sente-se rejeitada nesse momento, não entende e sofre com o clima hostil que isso gera. Assim, normalmente ela o cobra e exige que ele se expresse. Ele fica irritado e, assim, se inicia um conflito que dura dias e que torna o relacionamento cada vez mais “pesado”.
Claramente Laura nega a realidade, as dificuldades e jeito de ser de Bruno e não consegue lidar com o fato de que todo relacionamento tem problemas e gera algum desconforto em certos momentos. Na verdade, ela precisa aprender a suportar o sentimento de rejeição e parar de lutar contra ele, pois se ela não o sentir com Bruno, certamente o sentira com outra pessoa em qualquer momento da vida. Além disso, se ela conseguisse suportá-lo, ela conseguiria respeitar o momento dele, demonstrando mais empatia e, consequentemente, ele se sentiria mais livre e motivado para desabafar com ela. Ou seja, a aceitação geraria uma mudança de comportamento em ambos.
Saber aceitar é importante por que:
- Gera um sentimento de superação e liberdade;
- Torna você mais tolerante a sentimentos negativos;
- Permite que você fique atento ao presente e a fatos reais;
- Gera mudanças de comportamento em você e nos outros;
- Gera compaixão consigo mesmo e com os outros.
Se você se identifica com esse conteúdo e gostaria de aprender a aceitar mais as situações da sua vida, procure um psicólogo 😉
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