No mês da mulher, nada melhor do que abordar um tema que causa mistura de sentimentos nas mulheres (e pavor em muitos homens!!), a famosa tensão pré-menstrual! Os sintomas que antecedem o período menstrual são variados e podem ser físicos (como por ex. dores e tensões em diferentes partes do corpo) e psicológicos (como por ex. alterações de humor) e a responsabilidade dessa “tragédia mensal” é toda dos hormônios. Estima-se que cerca de 80% das mulheres no Brasil, em idade fértil sofrem de TPM. Atualmente acredita-se que tratamentos multiprofissionais (com ginecologistas, nutricionistas, educadores físicos e psicólogos) são os mais eficazes para a diminuição dos sintomas, não havendo ainda um método único que promete a cura. De qualquer forma, gostaria de deixar registradas 2 dicas que considero como sendo o “ponta pé inicial” para “sobreviver à guerra” com o mínimo de prejuízo possível :
Conheça a SUA TPM:
Independente de optar ou não por realizar algum tipo de tratamento para combater os sintomas da TPM, o autoconhecimento é essencial e pré-requisito para o bom andamento de qualquer intervenção, ou seja, você deve saber reconhecer as características particulares do que acontece exclusivamente com você durante esses dias tempestuosos. Então, fique atenta e se observe para responder algumas questões como: qual é/quais são os primeiros sintomas? Você consegue perceber os primeiros sinais? Os sintomas são os mesmos no decorrer dos meses ou variam? Qual/quais sintomas mais te incomodam? Que prejuízos trazem? Qual/quais questões ou situações se tornam um problema em termos emocionais (irritação/ tristeza) durante esse período? Há algo que você possa fazer no restante do mês para resolver ou amenizar isso?
Capriche no autocuidado:
Quando começar a reconhecer as características da sua TPM, ficará mais fácil identificar também as suas necessidades. Então, não hesite em atendê-las à medida que for possível:
- Se sentir mais cansaço reserve um tempo para tirar um cochilo ou simplesmente para não fazer nada.
- Peça ajuda a alguém para realizar as tarefas domésticas ou cuidar das crianças por um tempinho.
- Se sentir dor física, permita-se relaxar em uma massagem.
- Torne seus dias mais leves e não se sobrecarregue caso souber que não estará tão disposta. Tente lidar com problemas ou decisões mais difíceis em outro momento. Fazer isso quando a emoção está à flor da pele pode não ser uma boa opção, você pode se arrepender depois.
- Mesmo que sua disposição física estiver em baixa, vale a pena se esforçar para praticar uma atividade física, pois ela libera neurotransmissores como a endorfina, serotonina, ocitocina e dopamina, que são hormônios relacionados a sensações de prazer. Assim, você se sentirá melhor logo após a prática.
Já que não podemos fugir da guerra vamos tentar utilizar nossas melhores armas! Boa sobrevivência a todas!
Gabriele Lederer – Psicóloga
Atendimento em Curitiba – Batel