O papel de mãe demanda esforços físicos e psicológicos/emocionais, que causam impactos importantes no contexto social da mulher – relação com o parceiro, amigos, família e relações no âmbito profissional. Ou seja, ser mãe é uma tarefa tão complexa que afeta não somente a vida da mulher, mas também, daqueles que estão ao seu redor.
Cuidar de alguém e ser o principal provedor de uma vida, representa o nível mais elevado de responsabilidade que podemos experimentar. Por isso, sentimentos de culpa e padrões de auto cobrança são bastante comuns em mulheres com filhos. Lembrando que, na maioria das vezes, as mamães não se cobram somente em relação aos filhos, mas também em relação às demandas do trabalho, dos amigos e do parceiro, que se traduzem igualmente em responsabilidades.
Quando aprendemos a nos tratar de maneira mais gentil, compreensiva e tolerante, percebemos que a culpa perde seu espaço e que as cobranças não mais regem nosso comportamento.
Nesse sentido, gostaria de deixar algumas dicas, sobre a prática da autocompaixão, para todas as mamães que lutam para conciliar os diferentes papéis e, que por vezes, experimentam o amargor da autocrítica e da culpa:
Questione e desafie as autocobranças e autojulgamentos:
Não aceite as cobranças e julgamentos como verdades únicas. Sempre que perceber a presença de pensamentos de crítica/julgamento, pratique um debate consigo mesma. Exemplo: Pensamento de autocobrança: “passo pouco tempo com meu filho”. Pensamento de desafio “Será que é realmente a quantidade que importa?”
Procure por fatos que sentenciem a seu favor:
Finja que está em um tribunal e que seu dever é procurar por fatos e defesas que desconstruam os pensamentos de cobrança e julgamento. Exemplo: Pensamento de autocobrança “passo pouco tempo com meu filho”. Pensamento de fatos favoráveis “Ontem a noite brinquei com ele durante o banho e rimos muito”.
Trate o erro/falha como algo natural:
Da mesma forma como você esquece de comprar um item da lista de compras ou chega alguns minutos atrasada na reunião, você irá falhar no papel como mãe – e nem por isso precisa se massacrar! O erro/falha é inerente ao ser humano, ou seja, você querendo ou não, faz parte da sua existência! Então, tudo bem se você tiver uma semana pesada de trabalho, chegar cansada em casa e não estar tão disposta para o filho. Certamente em outros momentos você poderá recompensá-lo!
“Ser mãe é exercitar autocompaixão diariamente, para conseguir dar o melhor de si ao próximo”.
Gabriele Lederer – Psicóloga
Atendimento em Curitiba – Batel
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